Você sabe como a terapia sexual se enquadra na vida de uma pessoa? Como ela age e quando você deve procurar a ajude de especialistas?

Dificuldade para atingir ao orgasmo, carência sexual relacional, falta de desejo frequente, distúrbios da menopausa e vaginismo – dor durante o ato da penetração – são as principais queixas vindas por parte das mulheres. Já os homens apresentam outros tipos de problemas: ejaculação retardada – precoce -, diminuição da libido e dificuldade de conseguir ou até manter a ereção. Depois de muitos anos turbulentos, atualmente buscar ajuda profissional e fazer terapia sexual deixou de ser tabu. Se você se identificou com alguma dessas complicações, pode respirar com alívio que o seu problema além de comum, tem tratamento.

As causas podem estar na falta de informação, preconceito, falta de educação sexual adequada ou até mesmo experiências traumáticas e históricos familiares, que em alguns casos pesam bastante.

A Terapia sexual se dispõe a tratar as disfunções, insatisfações e dificuldades de cunho sexual ou até mesmo emocional, através de técnicas. Em algumas circunstâncias, essa pode também estar associada à psicoterapia. Nestes casos, o processo terapêutico pode ocorrer individualmente ou com o casal, mesmo sem parceria é possível tratar qualquer disfunção.

A terapia sexual pode trazer ao casal uma maior aproximação a fim de melhorar a comunicação entre estes. Além de manter um maior conhecimento do próprio corpo e do corpo da parceria, descobrir quais foram os problemas que trouxeram o casal a queixa inicial, a descoberta de novas possibilidades de prazer e excitação para si mesmo e para o outro é um ponto que normalmente o casal não tem conhecimento. Aspectos individuais também são igualmente trabalhados, como o desenvolvimento da autoestima e autoerotismo. Todos esses fatores vão tornar a vida do casal mais prazerosa.

Esse trabalho também pode ser aplicado individualmente, com o objetivo de criar condições para ampliar o autoconhecimento e possibilitar o prazer do indivíduo com ele mesmo, a partir de um aprendizado sobre como é construído tal sintoma, ou seja, o que esse quadro tem a contar sobre a pessoa e sobre a sua forma de funcionar na relação e com o meio. É na terapia, portanto, que se reveem falsos conceitos e se fornece orientação, possibilitando novas perspectivas.

Além das disfunções, outros fatores podem ser vistos como motivos para a procura de um médico ou psicólogo com especialização em sexualidade humana para realizar a terapia sexual. Discordância sobre a frequência sexual – um do par tem mais apetite sexual do que o outro – ou sobre a realização de um tipo específico de atividade, são os problemas mais listados. Porém, conflitos de identidade ou orientação sexual e dificuldade em se envolver com a pessoa disponível também são comuns.

Como aliado ao tratamento, o terapeuta sexual pode utilizar alguns exercícios sexuais como “tarefas de casa”, no qual o casal ou o indivíduo realiza o exercício em casa e relata para o terapeuta durante as sessões, com isso se pretende reforçar alguns estímulos que possam estar esquecidos, trabalhar a concentração, e percepção do próprio corpo, a ajuda deste merece consideração.

Acredita-se que talvez a parte mais difícil de todo esse processo seja reconhecer que está passando por problemas. Em primeiro plano, devemos deixar o preconceito de lado. Já foi o tempo em que as disfunções eram taxadas como doenças. Hoje, o seu contexto é ampliado e elas são entendidas como representações de influências culturais e emocionais. Assim, seus sintomas não podem ser tratados de forma isolada. Tratar a disfunção sexual significa mais que favorecer a recuperação do indivíduo em relação a sua sexualidade. Significa recuperar e desenvolver a autoestima e o sentimento de afirmação e competência para os mais diversos aspectos da vida.

Fontes: Luciane Secco

Mulher Uol

ABC da saúde

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