Eles não causam mal algum e são ideais para usar individualmente ou acompanhado, além de chegarem discretamente às mãos de quem deseja ter experiências excitantes e descobrir novas formas de gozar a vida. Mas em contrapartida, geram muita polêmica e discussão quando penetram o relacionamento a dois e deixam evidente uma certa insegurança no parceiro, o que significa que sim, existem ciúmes de brinquedos sexuais.
De fato, é comprovado que a vibração de um brinquedo erótico melhora a irrigação sanguínea da região íntima (e de toda a área em que ele for aplicado), por essa razão ele acaba exercendo função apenas fisiológica dentro de um relacionamento.
Porém, o intuito inicial do parceiro ou parceira de inovar e apimentar a relação com um sex toy, acaba por gerar um certo desconforto ocasionado muitas vezes pelo desconhecimento das suas funcionalidades e pontos positivos, além do pensamento de que os apetrechos devem ser usados somente quando se está solteiro, nesse ponto então surgem certos ciúmes dos brinquedos sexuais.
Como o nome define bem, brinquedo erótico é algo lúdico e vem de encontro com a espontaneidade, criatividade e fantasia. O ato sexual é uma grande brincadeira e é desta forma que as pessoas devem encarar, algo para se brincar de uma forma lúdica, sensorial e leve.
Como exemplo temos os homens de frágil ego masculino, que se sentem feridos diante do “concorrente” e não aceitam a inserção do brinquedo na relação sexual com sua parceira, principalmente pelo fato de achar que serão trocados pelo objeto ou que o interesse por ele esfriou. O machismo também é outro fator que deixa as mulheres receosas e com vergonha de sugerir novas brincadeiras, não só isso mas algumas atitudes que representam esse papel e podem gerar situações de revolta, que acabam por serem evitadas para não gerar conflito.
No outro extremo, temos mulheres que não se permitem a tais atitudes mais ousadas pelo fato de que tiveram uma educação sexual rígida. E também temos os casais homossexuais, que em alguns casos enfrentam uma repressão por parte do parceiro e até mesmo ciúmes de brinquedos sexuais que aparece quando o sentimento de estar sendo substituído se exalta em um dos parceiros.
De acordo com a Psicóloga, Sexóloga e Comunicadora Carla Cecarello, em entrevista ao Portal Metrópoles, é preciso ter muita calma na hora de inovar no sexo a dois: “Trazer qualquer tipo de brinquedos, géis, acessórios, sem antes conversar com a parceira ou parceiro, pode gerar insegurança e perda da libido por parte do outro”, ressalta Carla.
Colocando em foco o caso das mulheres, muitas delas têm dificuldades em atingir o orgasmo em relações sexuais e em inúmeras vezes precisam de estimulação maior do clitóris para chegar ao ápice do prazer, tarefa que um brinquedo sexual pode desempenhar com um certo nível de satisfação.
E engana-se quem acha que os brinquedos sexuais tem apenas uma função: eles não tem a única finalidade de auxiliar na masturbação, bem como os vibradores não são apenas fálicos, podem ser discretos e em miniatura. Existe uma grande variedade de materiais eróticos que podem fazer parte do repertório dos casais aumentando a cumplicidade sexual e beneficiando na satisfação sexual.
O primeiro passo para sugerir algo tão ousado é ter uma conversa bem aberta e com o parceiro (a), para deixar claro a necessidade de inovar no sexo e também de expandir os horizontes sexuais. Além disso, o ideal é sempre tirar as dúvidas do parceiro, para que não surjam questionamentos quanto ao desempenho sexual ou satisfação proporcionado por ele. Na medida em que os diálogos se tornam frequentes, os apetrechos deixam de ser uma ameaça e começam a fazer parte da rotina sexual do casal.
E diante de todas as “revoluções sexuais” para alcançar o prazer, estão os limites de cada parceiro. Mesmo com as justificativas, muitas pessoas ainda se sentem desconfortáveis para se lançar em práticas mas ousadas, e o mais indicado é respeitar determinados posicionamentos sobre isso, afinal, sexo é para gerar sentimentos prazerosos e não angústias e sofrimento psíquico, muito menos ciúmes de brinquedos sexuais, como se exercessem papel de uma pessoa no relacionamento.
Por outro lado, se um dos parceiros tem uma vontade imensa de experimentar novos horizontes do prazer e a sintonia do casal não é a mesma, a terapia sexual pode ajudar a estabelecer uma conversa mais intensa no relacionamento e, acima de tudo, criar uma atmosfera segura para ambos de que vale a pena quebrar a rotina e ter novas sensações, expandir ainda mais a intimidade e principalmente criar um novo significado de sexualidade para ambos os gêneros.
Alimentar a chama do desejo, aumentar o grau de excitação e orgasmo é uma tarefa que cabe aos dois. A medida que os casais se sentem à vontade consigo mesmo e com outro, com uma boa comunicação, sem submeter-se a algo que não queiram e indo em busca do seu prazer, os brinquedos eróticos podem somar e dar um tempero a mais na relação.
A curiosidade traz um novo mundo de descobertas! Vale a pena apostar nos desejos e abrir espaço para eles e, acima de tudo, se divertir a sós com seu parceiro deixa a relação ainda mais vívida. E lembre-se: um brinquedo erótico não precisa só ser usado na mulher, os homens podem desfrutar dessa experiência também. É necessário desmistificar o simples pensamento de que a masturbação é uma prática que exclui o sexo entre o casal, já que na realidade, os prazeres até então distintos podem e devem se complementar.
Referências:
Revista Época: Sexpedia | Vibradores: aliados ou concorrentes?
Como enlouquecer um homem na cama.com
oliberdade.com.br
osul.com.br
Pimentaria
Vibrolândia
Metrópoles | Coluna: Pouca Vergonha
corinnaz.com
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