Segundo pesquisa de Carmita Abdo, publicada em seu livro Descobrimento Sexual do Brasil em 2004, verificou-se que, 45,1% dos homens brasileiros apresentam Disfunção Erétil (DE) em algum grau. Já os dados da Organização Mundial da Saúde mostram 30% da população masculina com DE. Ainda estima-se que 25 milhões de brasileiros tenham DE, segundo foi mencionado recentemente no programa Bem Estar da Rede Globo.
Esses dados são bem significativos e reforçam a necessidade de se buscar mais informações acerca do tema. Afinal, o que é Disfunção Erétil? DE é a impossibilidade de obter e manter ereção suficiente até chegar ao orgasmo com satisfação, ainda que a estimulação seja adequada. Ela ocorre levando em consideração que estas “falhas sexuais” são recorrentes e persistentes por meses consecutivos.
A DE pode ser primária, isto é, desde o início da atividade sexual; secundária quando o indivíduo apresenta dificuldade depois de um determinado momento da vida sexual; e situacional, quando em algumas situações apresenta DE e em outras tem relações sexuais de qualidade.
Carmita Abdo explica o mecanismo da ereção em outra publicação, Sexualidade Humana e Seus Transtornos. Segundo a autora, a ereção peniana depende de vários mecanismos complexos, que envolve fatores penianos, hormonais, neurológicos, vasculares e psíquicos. O cérebro tem o potencial de modular a ereção peniana e os estímulos visuais, auditivos, olfativos e imaginativos são capazes de determinar respostas de ereção do pênis. Outras respostas a distúrbios do psiquismo, nem sempre previsíveis, podem afetar de forma positiva ou negativa o desempenho sexual masculino.
A Disfunção Erétil pode ser uma doença isolada ou apenas um sintoma de outra patologia, seja ela vascular, neurológica, endócrina, psíquica ou decorrente de uma lesão da própria estrutura peniana. Por isso se faz necessário uma avaliação médica com um especialista para aferir os fatores de risco como: aterosclerose (tabaco, hipertensão, dislipidemia), diabetes, hábitos sociais (tipo de vida, álcool, drogas), uso e consumo de medicamentos, traumatismos, cirurgias, radioterapia, doença de peyronie, ansiedade, depressão, doenças crônicas.
Portanto, a disfunção sexual pode ter uma causa orgânica, por exemplo, inadequação da circulação peniana, inapropriada função do SNA ou disfunção do sistema endócrino; Causa psicogênica, relacionado ao stress, ansiedade, medos, fatores intrapsíquicos, traumas e transtornos e mista, quando as causas orgânicas interferem no emocional, abalando a autoconfiança e autoestima, trazendo problemas psicológicos.
No post da semana que vem vamos falar sobre os tratamentos para a disfunção sexual.
Até lá.
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