O Dia do Beijo é comemorado em duas datas diferentes: 13 de abril e todo o mundo e 6 de julho no Reino Unido. A data foi adotada, há mais ou menos duas décadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Além dessa origem oficial, conta a história que o italiano Enrique Porchello beijava todas as mulheres que encontrava na vila em que vivia casadas ou não. Em 13 de abril de 1882, o padre local teria oferecido um prêmio em moedas de ouro às mulheres que não haviam sido beijadas pelo italiano. Conta a lenda que nenhuma apareceu e que o tesouro está escondido em algum lugar da Itália até hoje.
Embora, atualmente, o beijar seja algo comum, esse comportamento começou a estabelecer-se, apenas na primeira metade do século XX, nos EUA e na Europa. Na sociedade contemporânea, a invenção do “ficar” promoveu uma difusão dos beijos e das carícias, no contexto de um envolvimento afetivo informal e fora do casamento.
O ato de flertar tornou-se um componente das relações interpessoais dos jovens. As reuniões passam a significar a partilha de momentos íntimos e a possibilidade de ter contatos físicos afetivos, mas sem que a prática do coito se imponha, necessariamente, nesse contexto. A troca de beijos com múltiplos parceiros testemunha o novo lugar das emoções na escolha do primeiro parceiro da relação sexual e, por consequência, do futuro companheiro.
A transição sexual contemporânea se caracteriza por uma diminuição na idade do primeiro beijo e um aumento da distância temporal que separa as carícias sexuais, com exceção das carícias sexuais relacionadas com os órgãos genitais e as práticas genitais e coitais. A passagem para uma sexualidade genital é uma novidade contemporânea, na qual se estabeleceu um modelo de exploração física e relacional por etapas: com o beijo, as carícias corporais e, por fim, a penetração genital. Sendo que o processo se vai desenrolando ao longo de vários anos e cada vez menos com o mesmo parceiro.
O primeiro beijo, é normalmente um ato iniciador, a primeira experiência física relacional e sexualizada. Pode acontecer sem que haja um investimento sentimental forte, visto que a maioria dos jovens dá o primeiro beijo por curiosidade.
O beijo pode ser entendido como uma medida da intensidade do afeto e do amor no relacionamento amoroso. O beijo abre caminho para uma relação mais próxima e é um dos fatores-chave que levam os indivíduos a estender ou não uma relação. O beijo pode ser dado em qualquer parte do corpo, mas o beijo na boca desperta o corpo e ativa os sentidos da visão, tato, paladar, olfato e audição.
Beijar movimenta 29 músculos, sendo 17 desses linguais, provoca pressão de até 12 quilos de um rosto contra o outro e eleva os batimentos cardíacos de 70 batimentos por minuto para 150. A explosão sanguínea, aumenta a oxigenação das células, estimula a circula e diminui a insônia e as dores de cabeça. A cada beijo são trocadas 250 bactérias junto com a saliva.
Além disso, o beijo eleva os níveis de seratonina, substância que ajuda a acalmar. O beijo também ajuda a liberar os sentimentos reprimidos, reduz o complexo de rejeição e como consequência, alivia o estresse. Quanto maior e melhor o beijo, maior é a participação de todos os órgãos e sentidos.
A boca é uma região erógena por excelência. Áreas ou zonas erógenas são regiões do corpo bem supridas por terminações nervosas em extremos sensíveis que reagem aos estímulos táteis e transmitem os impulsos nervosos aos centros de excitação na medula e no cérebro, gerando sensações que ajudam na escalada do prazer sexual. Não há regra e nem receita para o beijo perfeito, mas autores conhecidos e desconhecidos sugerem alguns diferentes tipos de beijos que listamos aqui para você conhecer e, quem sabe, testar:
Tipos de beijo:
Beijo francês: é o beijo no qual o casal usa a língua para acariciar a boca do parceiro numa dança de movimentos sincronizados e profundos.
Beijo com mordida: é o beijo dado de forma a reter uma grande quantidade de pele com os dentes.
Beijo de filme: é o beijo que acontece naturalmente quando a cabeça das pessoas envolvidas apontam para direções opostas. Esse é o famoso beijo de filme que permite o melhor contato labial e melhor penetração da língua na boca do parceiro.
Beijo direto: é o beijo que ocorre quando as bocas se encontram num ritmo bem orquestrado e se chupam como se estivessem degustando uma fruta ao ponto.
Beijo nominal: é o beijo no qual se toca a boca do outro com os lábios, sem fazer mais nada.
Beijo palpitante: é uma evolução do beijo nominal. Nesse caso, um dos amantes movimenta o lábio inferior, mas não o superior.
Beijo do lábio superior: é o beijo em que um beija o lábio superior do outro e o parceiro, por sua vez, beija seu lábio inferior.
Beijo luta de línguas: durante o beijo, um dos amantes toca os dentes, língua e céu da boca da pessoa amada. Também é permitido pressionar os dentes de um contra a boca do outro. Perigoso.
Beijo inesperado: é o beijo que acontece quando um amante contempla o outro adormecido e o beija (não necessariamente nos lábios, fica a dica).
É bem provável que depois dessa lista de tipos de beijos você tenha sido acometido pela basorexia: desejo incontrolável de beijar alguém.
Fontes consultadas:
BRITO, Claudio. Beijo.
LAMBERT, Eduardo. Terapia do Beijo.
Do meu primeiro beijo à minha primeira relação sexual – questões sobre a iniciação sexual dos jovens. MARQUES, Ana Cristina Mestre “Família e Sociedade”. Disponível em: http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/565.pdf
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