Iniciar a vida sexual precocemente, ainda na adolescência, pode gerar dores emocionais profundas, afetando a estabilidade e a felicidade do indivíduo e da família.
Mais do que mera banalização, a sexualidade deve ser entendida como uma dimensão essencial do ser humano, orientada pelo diálogo e enriquecimento mútuo. O sexo é uma necessidade psicossociobiológica. O prazer sexual e a redescoberta do corpo são indispensáveis.
Uma premissa do ato sexual é o caráter íntimo e privado. Ambas as pessoas precisam estar de acordo com o ato e prontas para assumir as responsabilidades.
Antes de ceder ao desejo, à pressão de amigos ou do primeiro parceiro/parceira, é preciso estar bem orientado/orientada sobre sua anatomia sexual, ter conhecimentos sobre concepção e anticoncepção, infecções sexualmente transmissíveis, promiscuidade e mercantilização sexual.
Quando um jovem está desestruturado e cede a essas pressões, as relações sexuais costumam trazer muito mais angústias do que prazer.
O sexo é permeado por crenças, mitos e tabus. O fato de não poder comentar o assunto em casa, leva o adolescente a buscar informações com outros adolescentes tão imaturos quanto ele. Isso facilita a prática do sexo de forma insegura.
Lidando com os sentimentos
Na adolescência, as mudanças hormonais, o estabelecimento de vínculos, de sentimentos e de desejos colaboram para a exacerbação da sexualidade. Isso promove implicações sentimentais, conhecimento sobre o modo de se comportar e agir junto ao parceiro, bem como cuidados com a própria saúde sexual.
O ideal é que os adolescentes adiem ao máximo sua iniciação sexual. Tomando todo tempo necessário para que adquiram responsabilidade, autoestima para poderem então escolher livremente as opções e alternativas de sua conduta sexual.
Antes, durante e depois
Essas dicas vão ajudar meninos e meninas a ter uma primeira vez mais tranquila:
Entendam que ninguém nasce sabendo. Sexo depende de aprendizado, treino e ajustes a dois.
Quanto mais informação e orientação buscarem será melhor para quebrar mitos e entender como se dá a resposta sexual do homem e da mulher.
Escolham o parceiro ou parceria por motivação própria, respeitando seu tempo, seguindo seus sentimentos e desejos. Não cedam à pressão do grupo.
É necessário compreender que o orgasmo na mulher é um aprendizado e conquista que, dificilmente, acontecerá na primeira vez.
Procurem ir aos poucos nas preliminares, criando oportunidades de intimidade para conhecer o corpo um do outro, numa crescente descoberta. Não tenham pressa. A relação não precisa acontecer num único encontro. Essa cumplicidade sexual baixa a ansiedade e favorece o aumento do desejo.
Desfrutem da fantasia e explorem ao máximo os órgãos dos sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato). Essas são as ferramentas para despertar o desejo; para ter e manter a excitação até evoluir ao orgasmo.
Meninos, treinem o uso do preservativo na masturbação, para na hora da relação não se bater ao colocá-lo!
O ideal é que tenham afeto um pelo outro. Caso não tenham e queiram ir adiante, que haja o respeito e carinho mútuo.
Escolham um local adequado em que haja privacidade.
Usem e/ou peçam o uso de preservativo.
Os meninos vão precisar de prática e treino para ajustar o tempo de ejaculação. A oscilação na ereção pode ocorrer e é natural e normal neste início.
Não levem com tanta seriedade o seu desempenho sexual. Jogo de cintura, descontração e bom humor ajudam sempre.
Jamais exponham a intimidade a dois para os amigos mostrando imagens, especialmente nas redes sociais Respeitem-se muito! Preservar a si e a outra pessoa é fundamental!
Fontes consultadas:
Implicações da sexualidade e reprodução no adolescer saudável. Disponível em: http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/view/227
Sexo: Corpo adulto em mente adolescente. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/colunas/icami-tiba/2010/06/29/sexo-corpo-adulto-em-mente-adolescente.htm
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