Diferente da forma pela qual analisamos algumas vezes, o sexo também tem seus valores afetivos, deixando de ser somente físico. Este está associado a sentimentos de amor, amizade, proteção, carinho e talvez um do maior destes: família. Uma visão psicológica sobre o sexo ajuda a analisar e refletir sobre alguns desses valores.
Para muitas pessoas, o amor e o sexo são conceitos altamente ligados. Inversamente a esse pensamento, algumas pesquisas confirmam que manter relações sexuais é essencial para a melhora da qualidade de vida, bem-estar e longevidade, além do combate ao estresse e depressão, os principais inimigos da psicologia.
As mulheres são as mais afetáveis psicologicamente por conta de favores diversos, mais um dos que mais as preocupam é o orgasmo e o prazer sexual. Segundo Oswaldo Rodrigues, psicólogo e terapeuta sexual do Instituto Paulista de Sexualidade, a dificuldade para atingir o orgasmo feminino pode estar além do psicológico feminino, já que desde sempre a falta de vivência e conhecimento sexual causa uma “anorgasmia feminina”.
A cultura machista impregnada no passado, que ainda vive em algumas sociedades, mostra que a mulher só precisa reproduzir, sem que o prazer seja necessário. Sendo assim, a falta de “facilitação” do orgasmo acontece por questões religiosas, políticas e diversas ideologias que impediram a vivência sexual em situações eróticas da mulher, ainda segundo o especialista.
Outro fator preocupante que ocupa as mentes femininas é o tabu da masturbação, já que é muito comum que este seja visto como proibido por certas culturas e religiões. Para a psicologia, a proibição do ato comum de masturbar-se é visto como preconceito, já que a mulher deve conhecer o seu próprio corpo para que comece a estabelecer sensações de prazer psicológicas com o próprio, primeiramente.
Autoestima baixa também dificulta os orgasmos, já que preocupações frequentes com a genitália fazem com que várias mulheres envergonhadas sintam-se presas no ato sexual. E geralmente essas mulheres não apresentam anomalias perceptíveis, mas se preocupam demais com o aspecto de suas genitálias, o que as impede de manter uma relação sexual tranquila e agradável.
Quando a mulher deixar essas pequenas preocupações de lado e pensar sobre sexo de forma mais positiva, suas sensações sexuais serão melhores. O primeiro passo é conhecer o próprio corpo. Depois, conversas tranquilizantes com o parceiro poderão reduzir transtornos causados pelo medo ou ansiedade.
Outro fator psicológico que pode estar relacionado com o sexo é a questão de interesses em comum, que são capazes de sustentar uma relação, o que consequentemente, garante relações sexuais mais agradáveis. Idade, senso crítico, nível socioeconômico e formação cultural são características elementares que, caso combinem entre o casal, tornarão na maioria dos casos a relação mais duradoura.
O último elemento analisado da psicologia sexual são os gemidos, palavreados obscenos, gritos e demais “excitações” sexuais. Estudos atuais comprovam que geralmente o comportamento não reflete no real prazer, mas é uma forma de provocar o mesmo no parceiro. Este não deixa de ser então, um fator psicológico criado na busca de um estímulo à outra pessoa, como podemos encontrar com frequência nos filmes pornôs.
Fonte: psicologia-ro.blogspot
O texto da fonte foi baseado no Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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